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02 dezembro 2013

Conheça detalhes da empresa que fará a auditoria da TelexFREE, a BDO RCS

Destacados no mercado nacional e internacional como a quinta maior empresa de auditoria e consultoria no Brasil, a BDO auxilia seus clientes com serviços de auditoria, impostos e consultoria. Seus profissionais têm expertise no atendimento de empresas de pequeno, médio e grande porte dos mais variados segmentos. A BDO possui escritórios nas principais capitais brasileiras, alem de mais de 800 profissionais, e conta com o apoio global da BDO em mais de 140 paises.



A BDO FOI ELEITA A EMPRESA MAIS ADMIRADA DE AUDITORIA, CONSULTORIA E CONTABILIDADE DE 2012



A BDO ESTÁ ENTRE AS 5 MAIORES EMPRESAS DO SEU SEGMENTO DO BRASIL



REVISTAS FORBES PUBLICA MATÉRIA SOBRE O PRESIDENTE DA BDO
As várias faces de Raul Corrêa da Silva, presidente da empresa de auditoria BDO RCS
O que pode haver em comum entre entidades e indivíduos tão diversos como: A) as duas mais aguerridas torcidas organizadas do Corinthians; B) artistas como Walter Franco e Ednardo, músicos alternativos (ou “malditos”) da década de 1970; e C) Jânio Quadros, o polêmico ex-presidente da República? Resposta: todos foram marcados pela presença e pela convivência com Raul Corrêa da Silva, 58 anos.
Inquieto, ele sem dúvida é alguém focado – porém não apenas em um, e sim em múltiplos objetivos. Já foi maior, no passado, sua dedicação à política e à música; mas quanto ao time de futebol de seu coração, é hoje talvez ainda mais voltado ao mesmo do que em 1969 – quando se destacou como um dos fundadores da Gaviões da Fiel – ou em 1971 – ano em que liderou a criação de uma dissidência dessa, a Camisa 12.
Explique-se: ele é atualmente o diretor financeiro do clube. Poderíamos parar por aqui – mas se o fizéssemos estaríamos esquecendo um aspecto nada desprezível de uma vida tão multifacetada: Raul é, também e sobretudo, sócio-fundador e presidente da BDO RCS, a quinta maior companhia de auditoria e consultoria dentre as que operam no Brasil.
Nada mau para quem nasceu dentro de uma família de classe média tradicional em São José dos Campos (SP) e passou a infância e adolescência empinando pipas no Jardim São Paulo, bairro da Zona Norte da capital paulista. Aliás, não só empinando: também as fabricando e vendendo. “Foi meu primeiro trabalho”, recorda. “Era 1963, tinha acabado de fazer uma pipa para mim. Aí um garoto veio e quis comprá-la, para meu espanto. Não cheguei a fazer aquela venda, mas vi que ali tinha um negócio.”
Rapidamente o menino recrutou suas irmãs (tinha quatro) para ajudá-lo a confeccionar os “quadrados” e, em pouco tempo, Raul estava vendendo perto de 25 pipas por semana – ritmo que perdurou pelos sete anos seguintes, quando teve de abandonar a atividade. Por qual razão?
Em uma palavra: o Corinthians. O rapaz envolveu-se em uma briga de rua, motivado por sua devoção à equipe do Parque São Jorge, que acabou indo parar nos jornais. Seu Jayme, pai de Raul, ao ler o nome do filho nas páginas policiais, decidiu que, a partir de então, o garoto deveria ter um emprego fixo que ocupasse seu tempo. Nada de pipas, nada de time: Raul passou a trabalhar como office-boy em uma companhia de revestimento de metais. Bem, com isso as pipas de fato acabaram em sua vida; o Corinthians, porém, nem de longe sofreu o mesmo tratamento.
“Naquele final dos anos 60, o clube vinha sendo pessimamente administrado. Eu precisava fazer algo a respeito. A fundação da Gaviões foi esse algo; por meio dela, eu e os companheiros levamos adiante a luta por um Corinthians melhor, dentro e fora do campo”, explica.
Dois anos depois, divergências internas na organizada levaram o rapaz e outros torcedores a criar uma nova torcida, a Camisa 12. Ambas existem até hoje, cada uma com milhares de membros. Raul é dono da carteirinha de sócio de número 11 da Gaviões e da de número 16 da Camisa 12.
Corte para o presente. A BDO RCS Auditores Independentes ocupa vários andares de um edifício no centro de São Paulo, onde seu presidente recebeu a FORBES Brasil para uma entrevista.
A companhia faz parte da BDO International Limited, que por sua vez é a líder do bloco intermediário de consultorias mundiais. À sua frente está o chamado Big Four, as quatro maiores empresas de auditoria e consultoria do planeta: Price-waterhouseCoopers (PwC), Deloitte Touche Tohmatsu, Ernst & Young e KPMG.
Logo atrás da BDO nesse ranking fica a Grant Thornton. Há os que se referem às seis organizações como um todo (estes as chamam de “Large Six”), mas o fato é que qualquer uma das quatro primeiras da lista é bem maior que as duas últimas. No ano fiscal encerrado em setembro do ano passado, a receita global da BDO chegou a US$ 6 bilhões, contra um faturamento de US$ 4,2 bilhões de sua rival Grant Thornton.
O escritório de Raul é repleto de itens curiosos, como um quadro pintado por Jânio Quadros e, é claro, suvenires do Corinthians. Ele enfatiza que a BDO RCS é mais uma firma de auditoria do que de consultoria, embora observe que a segunda atividade vem ganhando espaço no “core business” da empresa. Serviços de contabilidade também respondem por uma parcela da receita da organização, se bem que minoritária.
O RCS da denominação da companhia corresponde às iniciais do nome de Raul, e isso porque a empresa é fruto da adesão de sua antiga consultoria à bandeira BDO, o que ocorreu em março de 2011. Ele fundou sua primeira empresa do tipo aos 23 anos de idade. Trabalhou na antiga Arthur Andersen em 1976, em um departamento chamado “Small Business” - ou seja, focado nas pequenas empresas.
Não mais largaria a atividade, a não ser por incursões nas áreas de cosméticos e gastronomia, realizadas durante um período de quarentena obrigatória, após ter vendido sua participação em uma companhia do setor (ele é um dos donos do restaurante Cantaloup, em São Paulo, por exemplo).
No comando do braço brasileiro da BDO, Raul vem tendo sucesso. Em 2012, a empresa faturou R$ 71 milhões, um crescimento de 73% sobre 2011. Neste ano a meta é atingir R$ 85 milhões de receita e ter escritórios abertos em 18 cidades do país.
O foco do grupo são as pequenas e médias empresas (rubrica na qual se encontram 90% de todas as companhias abertas do Brasil), o que o distingue de suas concorrentes do Big Four. Para 2014, a projeção da BDO RCS é atingir R$ 100 milhões em faturamento e bater a marca de mil funcionários. O escritório da cidade de São Paulo, de onde Raul comanda a operação em todo o país, é a principal base da BDO internacional na América Latina.
Uma das áreas à qual a firma planeja dedicar especial atenção daqui por diante é a de petróleo e gás. Também o atendimento ao agronegócio local está no foco da BDO.
O braço local da rede mundial de consultorias/auditorias vem se revelando tão importante para a organização que, em junho deste ano, o presidente executivo global da BDO International, o holandês Martin Van Roekel, visitou o Brasil e anunciou ter a meta de dobrar o faturamento anual da corporação na América Latina nos próximos três anos, atingindo em toda a região o valor de US$ 340 milhões.
“Lidar com pequenas e médias empresas nos dá a chance de falar diretamente com os donos dos negócios. Isso nos traz um diferencial positivo e torna mais efetivo o nosso trabalho”, observa Raul.
Liderar a seção local de uma multinacional de auditoria e consultoria, torcer para um time tradicional como o Corinthians e participar da diretoria do clube podem transmitir a noção de que Raul é um conservador. Isso não está de todo errado.
Ainda que ele tenha já mantido contato com quase todo o espectro ideológico brasileiro (“cheguei a ir ao estádio de Vila Euclides, no final dos anos 70, para ouvir o Lula discursar”), sua grande proximidade com o cenário político deu-se na primeira metade da década de 1980 com um expoente da direita local: Jânio Quadros (daí a presença de uma pintura do ex-presidente em sua sala. Ele tem outra obra de Quadros em casa).
O consultor/auditor foi membro da “Juventude Janista” e chegou a ser convidado para assumir a Secretaria de Negócios Extraordinários da cidade de São Paulo em 1985, quando o ex-presidente ganhou as eleições para a prefeitura local após vencer uma dura disputa com Fernando Henrique Cardoso. ão aceitou o convite.
Mas convém mitigar tal juízo. Em sua casa no Jardim Europa, bairro rico de São Paulo, projetada pelo arquiteto Rino Levi, há uma série de pinturas de artistas brasileiros da escola construtivista, tais como Amilcar de Castro e Hércules Barsotti. Porém, o que mais chama a atenção é o fascínio de Raul por Walter Franco, o cerebral músico que, em 1972, competiu no VII Festival Internacional da Canção com a inclassificável “Cabeça”.
A música acabou perdendo a disputa para “Fio Maravilha”, de Jorge Ben. Raul viajou até o Rio de Janeiro para torcer por Franco (de quem, posteriormente, tornou-se amigo) e, no auditório, abriu uma faixa onde se lia: “O Corinthians está presente”. Ednardo, o autor da célebre composição “Pavão Mysteriozo”, é outro que admira. E o cearense Fagner, em especial, é outro que figura em sua galeria de ídolos.
Em se tratando de música, seu gosto é, de fato, decididamente eclético – e surpreendente: o álbum preferido do empresário é “Alucinação”, de Belchior (“completo e atual, da primeira à última canção. Se eu pudesse ter um único disco, com certeza seria esse”). Mas também entra em sua lista de prediletos “(What’s the Story) Morning Glory?”, o segundo trabalho da banda britânica Oasis (“é o disco de ‘Wonderwall’”, ressalta ele). A cantora paulista Bruna Caram costuma se apresentar em sua casa, em reuniões onde Raul, sua família e amigos ouvem e incentivam novos artistas surgidos no país.
Raul Correa é casado com Vera, uma dentista. Tem três filhos – Adriano, Mirella e Victor. Deveriam ser quatro, mas um deles, Alexandre, faleceu ainda criança. E um último adendo: além de todas as atividades descritas, o consultor e auditor é também escritor. Tem dois livros publicados (“MPB Versos para sua Prosa I” e “MPB Versos para sua Prosa II”), ambos coletâneas de trechos de canções de grandes músicos brasileiros por ele analisados.
Além disso, prepara um terceiro, a ser lançado este mês: “Corinthians 67/79 – Foi Assim que Vi e Vivi” – um relato de suas experiências como devotado torcedor do time nas décadas de 1960 e 1970. O mais eclético (e, sob diversos aspectos, o mais bem-sucedido) consultor brasileiro é, acima de tudo, fiel. Fiel às suas paixões.
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Fonte: Encontreinarede

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